Sunday, May 22, 2005

Se conseguisses ver o que vejo e sentir o que sinto

Se conseguisses ver o que vejo e sentir o que sinto
Perceberias então que o mar nem sempre é azul
Quando os teus olhos não tocam nos meus

Se conseguisses ver o que vejo e sentir o que sinto
Perceberias que o sal das tuas lágrimas
Se torna mel nos lábios de quem sussurra o teu nome pelos cantos da memória

Se conseguisses ver o que vejo e sentir o que sinto
Perceberias a minha luta constante contra o relógio
Na espera vã de que um momento se torne eterno em ti

Se conseguisses ver o que vejo e sentir o que sinto
Perceberias que qualquer tentativa de pôr em palavras os meus sentimentos
Fracassaria no instante em que a tua pele desenha em mim uma nova história

Se conseguisses ver o que vejo e sentir o que sinto
Perceberias que Amo-te é apenas uma palavra
Que se torna pequena quando envolta na subtileza do teu sorriso de criança

Se conseguisses ver o que vejo e sentir o que sinto
Então eu não precisaria de escrever este poema
Porque os meus olhos já teriam dito tudo

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